21 de março de 2018

Gabriela Serra



Nem todo sentimento bom é legítimo 
Nem toda boa intenção tem bondade 
Nem todo o sorriso vive na alma
Nem toda generosidade é benéfica 
Nem toda união é construtiva
Nossa alegria não pode passar feito um trator 
Nosso prazer não pode atropelar outro ser
Não, não podemos ser absolutos em nossas certezas e em nossos desejos.
Quando algo não flui, dificilmente há legitimidade espiritual.
Quando não há genuinidade e nobreza, não há beleza.
Quando o querer é do bem, ele se compromete em educar os excessos, 
em podar os falsos acessos.
O amor soma, agrega, une e se importa.
Amor impõe limites, renega abusos e facilita o caminho do bom senso.
Ele comunga com a paz!
Ele não dirige cenas, nem causa discórdia.
Pensemos mais a respeito do que verdadeiramente nos apropriamos 
como sendo um sentimento nobre, 
Pensemos mais no que o nosso querer possa refletir no direito do outro.
Devemos ser responsáveis por atos mais altruístas 
Que sejamos mais cautelosos no amar sem posse, no amar sem colonizar.
No amar que abrange e que rejuvenesce a todos que fazem parte 
de nosso núcleo afetivo.
O nosso amar não pode conduzir um som único que segregue, 
mas uma orquestra inteira de harmonia e libertação.
Amar, também é abrir mão.

Gabriela Serra.


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