Ana Cláudia Saldanha Jácomo
✝️20/06/2024
Ana Jácomo foi uma pessoa incrível, maravilhosa e sensível.
Tive contato com seus textos há época do Orkut. E, seus escritos foram bálsamos para minha alma triste, fragmentada e sem esperanças.
Sua partida me entristeceu profundamente. Creio que muitos sentiram também.
Porém, ela deixou seu "perfume" na alma de muitos e muitos.
Obrigada por tanto e pelo exemplo do que é ser humano!
Imagem Google
Algumas preciosidades
morrem baixinho, em degradê. Como morrem as
tardes. Como morrem as flores. Como morrem as
ondas. Quando a gente percebe, já é noite e o céu,
se está disposto a falar, diz estrelas. Quando a
gente percebe, as pétalas já descansam o seu
sorriso no colo do chão. Quando a gente percebe, do
canto da onda já enterneceu a areia. Muitas dádivas
que nos encontram, que nos encantam, têm seu
tempo de viço, sua hora de recado, e seu momento
de transformação em outro jeito de lindeza.
A noite também é bela do jeito dela. As pétalas
caídas viram húmus para fertilizar o solo que dirá a
vez de outras flores sorrirem. A areia molhada conta
a canção da onda e da sua acolhida terna para a
nossa vida descalça. Lutar contra a impermanência
da cara das coisas é feito tentar prender o azul
macio das tardes, segurar o viço risonho das flores,
amordaçar as ondas. É inútil.
Costumamos esquecer que não podemos impedir a
mudança: tudo dança a coreografia sábia e
implacável da impermanência. Mas a música
daquilo que verdadeiramente nos toca com amor,
não importa o quanto tudo mude -e tudo muda -
não deixa nunca mais de tocar e viver, de algum
jeito, no nosso coração
🌻Ana Jácomo🌻
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Obrigada por participar. Luz &Paz!!!
Beijos fraternos!!